A Glória(?) no défice...
A GLÓRIA (?) NO DÉFICE - A DERROCADA NO DESEMPREGO
Com o Governo a congratular-se com o anúncio do défice abaixo dos 4,6 por cento, o Instituto Nacional de Estatística anunciou um forte crescimento do desemprego no último trimestre de 2006. De 7,4% no terceiro trimestre, a taxa de desemprego passou para 8,2% no final do ano. A mais alta taxa dos últimos 20 anos. São, segundo o Instituto, 458 mil os portugueses que no final de 2006 estavam sem trabalho. Metade está à procura de emprego há mais de 12 meses e cerca de 140 mil já o fazem há dois anos. Para analisarmos melhor a situação podemos acrescentar que na zona Norte o desemprego situa-se em 9%, enquanto na zona Centro está em 6% e na zona de Lisboa a taxa está nos 9%. No Alentejo, a mais alta taxa em todo o País, situa-se nos 9,4%, enquanto no Algarve o desemprego está nos 5,9%. Nos Açores, a percentagem é de 4,4% e na Madeira 5,1 %. Nas questões do défice e do desemprego podemos assim constatar as preocupações do Governo com o défice, para agradar aos patrões de Bruxelas, enquanto as taxas de desemprego sobem assustadoramente. É que, para o capitalismo vigente, altas taxas de desemprego são sinónimos de mão-de-obra barata. Seria a isto o que o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, se referia no encontro com o capitalismo - ou será novo comunismo - chinês? Ficam as dúvidas.
COMISSÃO EUROPEIA ACUSA PORTUGAL DE FALHAS NO RELACIONAMENTO COM MINORIAS ÉTNICAS
No início da semana um relatório da Comissão Europeia Contra o Racismo e a Intolerância (ECRI) apontava falhas no relacionamento com as minorias étnicas em Portugal, especialmente por parte da GNR e PSP. Na segunda-feira, um responsável dessa Comissão Europeia afirmou, durante a apresentação do terceiro relatório daquele órgão, que as forças da lei em Portugal tinham por vezes comportamentos que não "deveriam existir em democracia", devido a falta de formação e sensibilização para os problemas raciais. O porta-voz da GNR, tenente Costa Cabral, em declarações à agência Lusa, garantiu que há indicações na Guarda para "nunca fazer uma diferenciação relativa a raça" ou qualquer outro tipo de característica que "possa incentivar que certas comunidades sejam discriminadas ou apontadas como autores de crimes". O representante da força policial acrescentou também que, relativamente às recomendações sobre a necessidade de maior formação para uma sensibilização às questões raciais, "este tipo de formação já consta da instrução dos militares da GNR". Por sua vez Hipólito Cunha, porta-voz da PSP, disse, também, à agência noticiosa que as recomendações expressas no relatório da ECRI "não estão à margem daquilo que já é feito e praticado diariamente”. Estas comissões europeias, ou nacionais, quando falam em racismo e descriminação apontam sempre num único sentido. È sempre o “racismo” imposto pelas, ditas, maiorias ou pelas forças policiais. Mas, nunca, apontam a arrogância racista – essa sim ! – de grande parte dessa gente a quem lhe deram (eu não…) o nome de minorias. Numa sociedade, só é descriminado pela cor da pele - ou seja pelo que for - todos aqueles que não se integram e que preferem, até por interesses económicos (subsídios), manterem-se na condição de minoria. Uma sociedade é uma sociedade. Só existem “minorias” porque uma minoria assim o quer e entende.
A DISPARIDADE DOS NÚMEROS…
Num encontro promovido pelo Club Financeiro de Vigo (Galiza), que contou com a presença de empresários portugueses e galegos, foi focado que o custo de mão-de-obra operário do norte do País é inferior em 45 % em relação à Galiza. Para além dos custos de mão-de-obra o preço dos terrenos industriais é três vezes inferior ao praticado naquela região espanhola.Perante estes números o jornal galego, La Voz de Galicia, acrescenta numa das suas edições que existem 40 mil portugueses a trabalhar diariamente na comunidade galega, sendo que 20 mil são já residentes. O periódico galego não se fica por aqui ao acrescentar que são já cerca de 300 as empresas galegas a operar no Norte e, em contrapartida, só existem 60 empresas lusitanas com presença naquele mercado. Para os “iberistas confessos” estes números são como “mel na sopa”. Para quem nada tem contra os espanhóis, mas que assume o orgulho nacional, estes números só podem deixar preocupações. Preocupações e não só. Quando a nossa economia apresenta caminhos de total dependência estrangeira é ficarmos atados de pés e mãos aos interesses de gente que nada tem a ver os reais interesse nacionais. A total dependência da nossa economia ao capitalismo globalizante e as sucessivas políticas de sujeição aos interesses dos “donos e senhores do mundo”, conduziram-nos a uma dependência exterior.Não somos - os Nacionalistas – partidários do “orgulhosamente sós”. Mas, somos partidários do “orgulhosamente”. O orgulho em poder olhar para tudo e para todos, não por cima, mas de olhos nos olhos e de igual para igual. Somos retrógrados por isso? Se isso é ser retrógrado…
IGREJA CATÓLICA CONSIDERA O RESULTADO DO REFERENDO AO ABORTO COMO UM SINAL DE MUTAÇÃO CULTURAL
A Conferência Episcopal Portuguesa, no final da assembleia plenária extraordinária, classifica o resultado favorável do Sim no Referendo ao Aborto como um “sinal de uma acentuada mutação cultural no povo português”, em resultado de uma “mediatização globalizada”. Para a Igreja, o “individualismo no uso da liberdade” como maneira de pensar imposta por sucessivas políticas e a critica ao ensino por “lacunas na formação da inteligência”, já que o sistema educativo não prepara os alunos para se interrogarem sobre o sentido da vida e as questões primordiais do ser humano, foram as grande linhas do grito de alerta. Os bispos lembram, ainda, na nota pastoral, que “o facto de o aborto passar a ser legal, não o torna moralmente legítimo”, acrescentando que o aborto continua a ser um pecado grave”, por não cumprir o mandamento “não matarás”.Para a Igreja “o debate do referendo esteve centrado na justeza de um projecto de lei que, ao procurar despenalizar, acaba por legalizar o aborto”. Numa nota dirigida aos médicos e a outros profissionais de saúde os Bispos apelam para “não hesitarem em recorrer ao estatuto de “objectores de consciência” que a lei lhes garante”. As posições assumidas pela Igreja Católica podem ser o mote para que a questão do aborto não morra com a aprovação de uma lei. Acima de todas as leis do homem está a Lei de DEUS. Este, terá de ser o combate que todos os católicos terão de enfrentar. O silêncio, o esquecimento e a conivência com o politicamente correcto, não podem ser apanágio de todos aqueles que fazem da Lei de DEUS a sua Lei Suprema.
Manuel Abrantes
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