Sonho-nacionalista

Thursday, November 30, 2006

O Aborto(part.2)

Rádio Renascença defende "não" no referendo ao aborto

A emissora católica Rádio Renascença posicionou-se hoje a favor do "não" no referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez, mas garante que "actuará com a objectividade própria dos meios de comunicação social"."A Rádio Renascença situa-se inequivocamente do lado da vida e do 'não' perante a pergunta posta a sufrágio", refere uma nota lida aos microfones da emissora católica antes do noticiário das 08h00.A direcção da rádio ressalva, no entanto, que nos seus espaços informativos "actuará com a objectividade própria dos meios de comunicação social e saberá, por isso, distinguir factos e propaganda, notícia e opinião".A Renascença defende que "o ser humano tem que ser respeitado como pessoa desde o primeiro instante da sua existência" e que o direito à vida "não deriva do reconhecimento por quem quer que seja, existe antes de ser reconhecido e é absolutamente injusto ofendê-lo e recusá-lo".Um passo em direcção "à liberalização total"Para os responsáveis da emissora católica, o novo referendo à legalização do aborto "é mais uma tentativa num caminho que muitos querem que termine apenas na liberalização total"."Não é desta forma que se resolvem problemas de ordem jurídica, social, económica ou psicológica que a todos preocupam, porque os males combatem-se nas suas causas sem demissões culpáveis dos que têm que educar, escolher a maternidade e a paternidade responsáveis e proporcionar dignas condições de vida a todas as famílias", acrescenta a nota.O Presidente da República marcou ontem a consulta pública sobre a despenalização do aborto para 11 de Fevereiro, data que foi considerada adequada por parte dos partidos políticos e dos movimentos de cidadãos.Os partidos com representação parlamentar manifestaram-se a favor da data de 11 de Fevereiro, escolhida pelo chefe de Estado para a realização do referendo sobre despenalização do aborto.PS, PCP e BE garantiram já que vão fazer campanha pelo "sim", enquanto o PSD apelou "à despartidarização" da consulta e o CDS-PP — único partido com posição oficial pelo "não" — pediu uma votação inequívoca mas serena.A data de 11 de Fevereiro foi também bem recebida pelos movimentos de cidadãos, que vão intervir na campanha do referendo, que vai decorrer entre 30 de Janeiro e 9 de Fevereiro.A plataforma Não Obrigada e os três movimentos pelo "sim" consideraram que a data escolhida permite o tempo suficiente para o esclarecimento dos portugueses.
(retirado do forumnacional.net)