Uma nacionalista sem medo
O Outro LadoConhecidos enquanto racistas, xenófobos, extremistas fascistas e violentos, associados à ideologia nazi e alguns até adeptos do movimento Hammerskin, decidimos conhecer o outro lado e conhecer o porquê de significativa adesão ao PNR, Juventude Nacionalista e Frente Nacional, principalmente por parte da população Jovem.Embora a história do Partido Nacional Renovador (PNR), único partido político português nacionalista, de extrema direita, que chegou a ser liderado pelo General Ramalho Eanes e actualmente por Pinto Coelho, remonte ao ano de 1985, tem sido na última década alvo de grande controvérsia e de destaques mediáticos, atraindo cada vez mais a atenção dos jovens, sendo que nas últimas eleições legislativas teve cerca de 10000 votos, o que representou 0,2 % dos eleitores. Defendem a criação de um verdadeiro espírito nacionalista português, opondo-se à imigração prejudicial ao acesso a postos de trabalho pelos cidadãos portugueses, vendo a Família como instituição primordial, condenando firmemente por tal o aborto, e crimes como pedofilia, flagelação, casamento e adopção por parte de homossexuais e trabalho infantis. Projecto, que embora condenado por muitos, há que pensar em como seria benéfico num pequeno país que cada vez mais esquecido das cores da sua bandeira, se vê afectado, gradualmente, por aumentos na taxa de criminalidade, imigração excessiva para as suas capacidades, e escandalosos crimes de raptos e pedofilia, pelos quais somos envergonhados na imprensa mundialmente.Presente em inúmeras manifestações, de destacar a 18 de Junho de 2005, após o alegado arrastão da praia de Carcavelos, juntando 400 pessoas, sendo esta a versão das autoridades e a dos nacionalistas ser de cerca de um milhar de pessoas, que percorrendo as ruas entre o Martim Moniz e o Rossio, fizeram ouvir os suas vozes contra a criminalidade e a existência de gangs. Pronunciou-se ainda contra a entrada da Turquia na EU, a existência de comunidades homossexuais, reprimiu o aborto na Marcha pela Vida, defendeu os trabalhadores portugueses no 1.º de Maio e afirmou-se contra a tentativa de colocação de uma comunidade imigrante em Vila de Rei, em Maio de 2006. Organizou uma concentração em memória dos portugueses vítimas de criminalidade na África do Sul e a sua presença foi muito bem vista pela PSP na manifestação das forças de segurança.É membro do grupo European National Front, onde é possível encontrar partidos de extrema-direita europeus, entre outros a Front National de França que levou o candidato Le Pen às últimas presidenciais. Apesar dos receios dos ministérios da Educação e da Administração interna, desde 2006 a Juventude Nacionalista do PNR tem procurado recrutar jovens estudantes em escolas secundárias e estabelecimentos do ensino superior.Recentemente, mais precisamente no início do mês de Abril, envolvido no caso dos cartazes do Marquês de Pombal, onde foi afixado pelos conhecidos humoristas Gato Fedorento, um outdoor que contendo afirmações como “nacionalismo é parvoíce” e “mais imigração, com portugueses não vamos lá”, foi uma sátira aos dizeres xenófobos por parte dos nacionalistas. Acabou por ser retirado pela Câmara Municipal de Lisboa e substituído por um outro do PNR, que com o slogan “as ideias não se apagam discutem-se”, critica todos aqueles que vandalizaram o primeiro e que segundo o site oficial do partido é a “resposta à intolerância de que é vítima o PNR por parte dos auto-proclamados «defensores da liberdade de expressão» que tentam a qualquer custo pulverizar as suas ideias.”No dia 18 de Abril de 2007, à semelhança do sucedido no mês de Junho de 2006 após imagens transmitidas pela RTP, foram detidos pela Polícia Judiciária membros do partido por apreensão de armas e frases proferidas num fórum na Internet, entre os quais o conhecido líder da Frente Nacional Mário Machado.Um mês depois é anunciada, no Palácio da Justiça, a lista de candidatos renovadores na corrida à "Eleição Intercalar para a Câmara Municipal de Lisboa", encabeçada pelo respectivo Presidente e encontrando-se à data o número dois da candidatura em prisão domiciliária por um “delito de opinião”.Altura em que é criado um movimento cívico e cujo objectivo está bem patente no seu nome: Parem o PNR, que entre outras personalidades políticas conta com a participação das anti-fascistas palavras de Manuel Alegre.De assinalar também a importância da Conferência de Imprensa realizada em substituição da prevista conferência da Juventude Nacionalista, que contaria com a representação de movimentos análogos espanhóis, alemães e suíços. Aí José Pinto Coelho responsabiliza maioritariamente a Comunicação Social de “manchar a nossa imagem junto dos portugueses e criar um clima de alarme social.”Para rematar, e embora seja reconhecida as participações de membros de movimentos nacionalistas em cenários perigosos sistematicamente conectados com violência, há que louvar a existência de um grupo de jovens, independentemente da sua dimensão, que de braço direito estendido, símbolo a ser adoptado pelos romanos, muito antes de o ser pelos nazis, conhecem nove séculos de História, orgulham-se da grande nação a que pertencem e simplesmente se insurgem contra o multiculturalismo face a um ambicionado imperialismo europeu livre de dominação estrangeira. Segundo o Presidente Pinto Coelho “ é certo que entra em choque com a cartilha do politicamente correcto”, ainda que, seja de salutar um partido que pretende defender “ a Vida, a Família e a Pátria. Combater a cultura de morte do aborto, das drogas, bebedeiras e vidas desregradas. Combater os ataques à família recusando os delírios das chamadas “famílias alternativas” e dos eufemismos, como “orientação sexual”. Combater os ataques à Pátria que destroem a sua identidade, o seu presente e comprometem o seu futuro”. Fica a confiança nestes jovens, cuja indubitável união e fé, possam ser a esperança anunciada e esperada desde o desaparecimento de D. Sebastião para este país definitivamente em crise, mas que muito amor à Pátria tem a difundir.
(ALENTEJANANS)